sábado, 19 de dezembro de 2009

Dar não é fazer AMOR

Dar é dar.

Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.

Mas dar é bom pra cacete. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca. Te chama de nomes que eu não escreveria. Não te vira com delicadeza. Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar. Dar sem querer casar. Sem querer apresentar pra mãe. Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo. Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral. Te amolece o gingado. Te molha o instinto. Dar porque a vida é estressante e dar relaxa. Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã. Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito. Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, semesperar ouvir futuro. Dar é bom, na hora. Durante um mês. Para os mais desavisados, talvez anos.

Mas dar é dar demais e ficar vazio. Dar é não ganhar. É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que que cê acha amor?". É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia. Dar é não querer dormir encaixadinho. É não ter alguém para ouvir seus dengos. Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.

Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor. Esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar. Experimente ser amado...


Luiz Fernando Veríssimo


"Amanhã fico triste.. amanhã!
Hoje não.. Hoje fico alegre!
E todos os dias, por mais amargos que sejam, eu digo:
Amanhã fico triste, hoje não.."



(Poema encontrado na parede de um dos dormitórios de crianças do campo de extermínio nazista de Auschwitz)


' Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar 'the big one', aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo? Mas além disso temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir, às vezes, que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo para o alto e embarcar num navio-pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar uma cafetina, sei lá, diga aí uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha. Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três destas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante..."


Martha Medeiros

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

domingo, 13 de dezembro de 2009


É que ela aprendeu a fugir do foco,é incapaz de ver tudo de forma tão obvia,sabe que até o preto e o branco tem seus tons,isso por que as tais estrelas,que são só dela a ensinou a não ter idéias paradas guardadas em uma gaveta empoeirada qualquer,por isso em suas palavras ela solta luz,um brilho especial,dificil explicar por que é coisa pra ser sentida,mas só por aqueles que tem também esse brilho nas veias e principalmente na alma,por pessoas que como ela acreditem que nada vale mais do que a verdade e um sorriso sincero.Ela leva o mundo e a poesia das coisas no bolso de sua saia que é pra nunca perder e não ameaçar escapar,por isso tem palavras tão claras enfeitadas com qualquer coisa que lembre uma canção bonita de noite de luar sem urgências.
'Você não existe. Eu não existo. Mas estou tão poderosa na minha sede que inventei a você para matar a minha sede imensa. Você está tão forte na sua fragilidade que inventou a mim para matar a sua sede exata. Nós nos inventamos um ao outro porque éramos tudo o que precisávamos para continuar vivendo. E porque nos inventamos, eu te confiro poder sobre o meu destino e você me confere poder sobre o teu destino.





Então e assim...
somos presente
passado e futuro.
Tempo infinito num só
esse é o eterno.
Por que amar dói tanto, se é o amor fonte de alegria e de felicidade? Quando sonhamos com o amor, não sonhamos com tristezas, menos ainda com dor. Sonhamos com beijos, noites enluaradas e momentos a dois. Sonhamos com felicidade eterna e sem defeitos. Mas quando o amor chega, ele nos desnuda. E quanto mais se apossa de nós, mais nos desnudamos. Nos tornamos expostos, à mercê do outro, que toma pra si nossas vontades. Nos tornamos transparentes.Não se esconde de ninguém olhos amorosos. O amor transparece em nós como se estivesse escrito em grandes letras e todas as línguas. Daí nossa fragilidade diante de um sentimento tão grande. A outra pessoa fica dona do nosso sorriso, ela controla nossa tristeza. Não conscientemente. Somos nós que, segundo palavras ou gestos, reagimos assim...






... E o amor dói em nós profundamente. Mesmo no auge da felicidade, ele dói ainda. Dói de saudade, de medo de perder. Deveria não ser assim. Deveria ser felicidade sem fim, sem altos e baixos. Sem lágrima derramada. Mas... teria o mesmo gosto? Seria o amor tão maravilhoso se não houvesse essa possibilidade de perda que faz com que nos agarraremos a ele com mais intensidade ainda? Amar dói é perfeito que seja assim. As rosas têm espinhos e é exatamente esse contraste que fascina tanto. Posso ainda estar desnuda de mim, sentir frio ou calor, mas ainda assim vou me entregar ao sentimento quando ele me acenar. Posso ainda chorar ou sorrir, querer morrer ou querer viver, mas esse caminho não quero evitar.Não evitarei minhas dores, porque um minuto de felicidade a dois cobre todas as dores do mundo!


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009


E como nasci? Por um quase. Podia ser outra. Podia ser um homem. Felizmente nasci mulher. E vaidosa. Prefiro que saia um bom retrato meu no jornal do que os elogios.Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.
| Lispector








Hoje criei coragem pra att o flickr , o fotollog , o blog ,o weheartit , e acabei fazendo um Twitter pra NADA , pq eu odeio aquilo --' , maaaas acabei de excluir ;x ausihaiuhih
sei lá , acho que tô drogada . Ignorem :P

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Meu tricolor eterno . Serei por ti , fanática , torcedora , louca , ETERNAMENTE !






sábado, 5 de dezembro de 2009

Cá entre nós amiga ...


Querida ...
Ultimamente fizemos parte uma da vida da outra, da maneira mais idiota possível. Por outro lado, foi bom ter alguém interessante para detestar entre tantas pessoas a quem, obrigatoriamente deveria tratar bem e dedicar salamaleques, muito mais falsos do que as nossas desavenças. Afinal, porque começamos essa guerrinha particular, mesmo? Sabe que nem lembro? Verdade, estive tão empenhada em me deixar irritar e atingir você, que esqueci exatamente quando tudo começou.
Muito provavelmente tenha sido um daqueles comentários desastrados, que podemos ter feito junto de alguém que vive de ‘leva e traz’ e que finge nutrir amizade por ambos. Que esperto, heim?..Muito mais que nós duas, que perdemos tanto tempo com esse lero-lero, cutucando as feridas, uma da outra. Que chatice. Quer saber a verdade? Cansei!
Da mesma forma que cansei do videokê, das aulas de inglês, drenagem linfática, alimentação natural, política, dieta dos pontos e do ‘Cem Anos de Solidão’, ufa! ‘Can-sei’ de tentar entender cada lance dessa inimizade inexplicável e burra, como quase toda inimizade. O que antes era adrenalina, agora é ‘boring’. Nossa partida de xadrez durou tempo demais e tornou-se fonte de bocejos infindáveis.
Portanto, caríssima, jogo a toalha; peça ao juiz que conte (com rapidez, por favor!) até dez e o declare vencedor dessa cisma besta. È isso aí, você venceu!
Não estou pedindo arrego, não senhora;
A inimizade, esse elo muito mais forte que o apreço, foi substituída pela indiferença e desta, não há retorno confiável.
Portanto, antes de nos tornarmos desconhecidos, reconheço-me derrotada. E aliviada. Estou cansada e sem a mesma energia de antes, até para implicar com alguém, ainda mais com você. Perdoe-me obrigá-la a aceitar meu desfraldar de bandeirolas brancas e rendadas, como lingeries desejadas; não quero mais brigar por algo ou alguém que não valha a pena.
Talvez, lá no fundo, essa seja a minha maior vingança; obrigá-la a escolher outra pessoa para irritar e divertir-se. Seja lá o que for, quero que tenha certeza que não ligo a mínima, pois isso não me causa mais nenhum ‘frisson’. Poupe-se de mostrar-me sua roupa nova ou de tentar ‘chupar’ a barriga . Suas conquistas nunca me incomodaram, para você que acha que eu vejo a humanidade me invejando , até mesmo você , que coisa!

Siga seu caminho, pois vou procurar o meu. Fique a vontade para me cumprimentar ou não, tanto faz. Eu? Estou ensaiando um novo hobby, fora desse mundinho sem graça e louco !
Cordialmente (acredite!).

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

E quando já não sei mais o que sentir por você, eu respiro fundo perto da sua nuca e começo a querer coisas que eu nem sabia que existiam...




| T.Bernardi

' ... um amor quentinho. Descanso pro complicado do mundo. Surpresa pra rotina dos dias. A quem esperar. De quem sentir saudades. Um nome entre todos. O verso mais bonito. A música que não se esquece. O par pra toda dança. Por quem acordar. Com quem sonhar antes de dormir. Uma mão pra segurar, um ombro pra deitar, um abraço pra morar. Um tema pra toda história. Uma certeza pra toda dúvida. Janela acesa em noite escura. Cais onde aportar. Bonança, depois da tempestade. Uma vida costurar na sua, com o fio compriiiiido do tempo. '





| Briza Mulatinho

Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má.

Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos.

Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve! Mas dá realmente pra ser assim?


| Tati Bernardi