segunda-feira, 18 de julho de 2011


Não me impressiono com cifras, marcas ou promessas. Não acredito em palavra dita ou escrita. Acredito em atitudes, somente. Palavras, eu já tenho. Nasci com esse dom. Posso te contar minha vida inteira e, ainda assim, você não vai saber nada de mim. Eu não consigo descrever um décimo de tudo que eu penso e mesmo que eu soubesse todas as palavra do mundo, ainda assim não conseguiria. Não reconheço um homem meu tipo à distância. O homem meu tipo vai muito além de um cara bonito qualquer que cruza meu caminho. Não sou do tipo que precisa ser paquerada pra aumentar minha auto-estima. Isso eu já tenho de sobra. Me amo desde os horríveis dedos dos pés aos bem tratados fios de cabelo. Mas uso xampus baratos. Não me cuido o suficiente, não faço tipo mulherzinha. Gosto de sapatos e bolsas. Não tenho tantas quanto gostaria. Mesmo assim não dispenso atenção.
Prefiro me dar bem do meu jeito. Vim ao mundo a passeio. Não pretendo construir nenhum império nem ficar aqui por muito tempo. Cuido de de minhas irmãs, mesmo à distância, elas são as coisas mais importantes na minha vida. Todo resto é bobagem. Pode ficar com minha conta bancária, minha herança e até minhas roupas. Só preciso dos meus documentos pra eu lembrar quem sou.
Nunca seria política. Não sei agradar ninguém dizendo algo que não penso. Ou que não é. Tento dar bons exemplos. Falo palavrão na hora certa. Xingo na hora errada. Escrevo tudo que vem à minha cabeça sem roteiro, sem pensar se vão gostar ou não. Escrevo tudo que penso. Não penso em tudo que escrevo. Escrevo porque é a forma de organizar meus pensamentos. Escrevo porque é a forma de eu me conhecer mais e de você me conhecer menos.
Não me importo em ser clichê, nem em repetir isso a cada texto. Não me importo de escrever mil vezes sobre o mesmo tema. O amor é clichê e inesgotável. Impossível não ser igual a tudo que já foi dito. Impossível não dizer de novo a mesma coisa. Ouvi na rádio esses dias uma bandinha “emo” cantar que “pra existir história, tem que existir verdade”. Clichê? É. Mas é a maior verdade que ouvi nos últimos tempos.
Não existe mesmo história sem verdade. Mentira tem perna curta, já diz o ditado. E eu digo mais: meias-verdades andam de perna-de-pau. Uma hora, inevitavelmente, elas vão cair. Toda palavra dita se torna mentira sem uma atitude coerente. A verdade está na coerência, na transparência e nas atitudes. Acredito nisso. Todo resto é bobagem.

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