domingo, 20 de setembro de 2009


Que você saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que você note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que você aceite que me preocupo e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que você perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem você goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada você não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que você sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco mais ( BEM MAIS ).
Que se estou numa fase ruim você seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, você não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, você ainda assim me ache linda e me admire.
Que você não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, você entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

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